quarta-feira, agosto 01, 2012

A Última Mulher dos Vinte

Essa reflexão se baseia em minha própria vida, tal qual outras que passaram por esse Blog, mas também se baseia em estórias ouvidas, observações e confissões de amigos próximos. Eu admito que jamais achei que um padrão parecido com esse pudesse ser encontrado, e fiquei supreso ao fazê-lo.

Primeiro: diferente de outros padrões que enxerguei ao longo dos anos, este envolve mulheres, mas se refere a homens. Muitos podem achá-lo machista, mas não foi essa minha intenção, e peço desculpas antecipadamente.

Vou separar os homens em duas categorias subjetivas e, infelizmente, preconceituosas. Imaginem garotos de 27 anos (mais ou menos um ano... ou dois)... e dividam tal grupo em 2: os que acharam um caminho profissional que já aponta para o sucesso e os que não o fizeram. Minha reflexão se refere ao primeiro grupo, assim como todo o texto deste ponto em diante.

Não me pergunte por que, mas acredite em mim quando digo que, nesta fase, começa-se um namoro (vi alguns casos em que ele segue desde tempos imemoriais). Na maior parte dos casos que vi, essa mulher, "a última dos vinte", corresponde a critérios previamente idealizados. Muitas vezes o tempo de conquista foi longo e começou anos antes. Não é difícil se ver apaixonado.

O que não nos damos conta é que, nossa companheira enxerga nosso potencial... talvez até melhor do que nós mesmos. Possivelmente por já ter visto de perto casos parecidos e/ou antagônicos. Nossa auto-confiança cresce... e eu seria capaz de jurar que mulheres e cães sentem o cheiro disso!
E eis que surge a pressão pelo compromisso, por dividir uma vida, pelo casamento. Muitas vezes da própria família do garoto, que começa a se tornar homem. Não são poucas as histórias que ouvi de namoradas tentando forçar tal situação, "amarrar seu homem".

Vem, então, o que pode apenas ser chamado de a Grande Arrebentação. Muitos se casam, acreditando ter encontrado a mulher de suas vidas. Os outros, creio que a grande minoria, voltam a ficar solteiros, dedicando-se à carreira e aos amigos.

Estes passam a viver a fase de ouro da vida de um homem solteiro. O dinheiro, antes contado, começa a sobrar. Viagens, roupas, carros, apartamento... começam a ficar ao alcance de seus dedos, ainda que não possa tocar todos de uma só vez. A auto-confiança está em alta.

As mulheres à sua volta percebem que estão diante de um bom partido, e buscam um compromisso sério. Mas o rompimento com a última mulher dos 20, a que lhe deu a clara ilusão de que era a de sua vida, deixa uma cicatriz muito profunda, costurada pela companhia dos outros amigos solteiros, pelas baladas e viagens caras, que eram apenas sonhos nos tempos de faculdade.

Aqui minha experiência se esgota. Minha impressão, criada por alguns poucos relatos, é que permaneceremos solteiros até, pelo menos, os 34.

Felipe Dex: crise dos 30? Acho que não dá pra chamar isso de crise! :)

Um comentário:

Karina Nishioka disse...
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