domingo, dezembro 10, 2006

Aproveite bem os próximos 30 anos!!!

Aqueles que passam eventualmente por aqui sabem que tenho certo gosto por discutir história e o ambiente macro de longo prazo do mundo. Muitas das discussões que passam por aqui foram antes discutidas com amigos também interessados nisso, especialmente o Barolo (valeu Barolo!).

Um tópico freqüente tem sido os rumos do Capitalismo. É preciso dizer que eu gosto do modelo capitalista implementado junto com uma democracia. A agilidade, a liberdade, e a competição inerentes a esse sistema político econômico o transformam numa impressionante máquina desenvolvimentista. A falta de competição interna foi o que causou a derrocada do Comunismo Soviético.

O sistema, no entanto, está longe de ser perfeito. Como já discuti antes, um de seus efeitos é a concentraçao de riqueza, que é bombeada para os mais ricos. Os pobre ficam cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos. Marx não estava errado ao afirmar que o Capitalismo carregava consigo a essência de sua ruína.

Os sistemas econômicos tendem a entrar em colapso logo após chegar a seu ápice. Pode parecer estranho dizer isso, mas ocorre porque é em tal ápice que as contradições internas do sistema tornam-se exageradas: o sistema cai de dentro para fora. A decadência do Império Romano começou logo depois que Roma atingiu seu território máximo (150 anos). O Feudalismo caiu após as pessoas alcançarem boas condições e haver superávit de produção (100 anos).

Estamos nos aproximando do ápice do Capitalismo. Acredito nisso por uma série de motivos: a forma como capital e pessoas podem circular, a velocidade com que fazem negócios, a capacidade de otimização da produção a nível global, o fato de que nunca foi tão fácil monetizar capital intelectual. São tempos muito excitantes para o Capitalismo. Creio que o ápice será atingido quando os Estados de Bem-Estar Social (Wellfare States) forem desmontados totalmente, e o Estado passar a ser mínimo globalmente.

Não acho que isso acontecerá rapidamente, deve levar cerca de 30 anos para que todas as grandes economias (o que inclui até mesmo o Brasil) façam as reformas necessárias. Observem que não apóio tais reformas. O Capitalismo precisa de um Estado que distribua renda, já que sua tendência natural é instaurar o caos social! Preciso dizer, entretanto, que o poder político pertence àqueles que têm o poder econômico. Hoje, tais poderes estão na mão das grandes corporações. E está no topo da lista de prioridades delas tirar o Estado do meio de seus lucros. Não tenho dúvidas de que haverá grande crescimento econômico quando isso acontecer, mas a que custo? As desigualdades sociais crescerão enormente, mesmo dentro dos países desenvolvidos.

Na janela mágica dos 30 anos, também está o já velho conhecido, e cada vez mais próximo, problema com o petróleo. O capitalismo precisa de crescimento econômico, e este precisa de energia elétrica e motora. Ele precisa de petróleo! Em 15 anos não será mais possível aumentar a produção de petróleo na mesma velocidade em que o mundo cresce. Ainda não existe um substituto em escala, daqui 30 anos, teremos um petróleo valendo seu peso em ouro. O crescimento econômico estará travado, mas não é só. Não acho que a alta correlação entre o preço do petróleo e a instabilidade política seja por acaso. O mundo está mais tenso...

E mais armado. O mundo está entrando hoje num movimento parecido com o que antecedeu a Primeira Guerra Mundial. Japão e Alemanha estão se militarizando, inclusive com intenções de produzir bombas nucleares. Infelizmente não são apenas eles. Em 30 anos teremos um mundo armado até os dentes, cenário muito parecido com o que se tinha às vésperas de 1914. Muitas armas na mesa deixam as pessoas inquietas...

Felipe Dex: Caos social, Terceira Guerra Mundial e Nicas de Petróleo. Não... não é o fim do mundo, apenas do Capitalismo. Marx disse: "Socialismo ou bárbarie!" Estamos no caminho da barbárie...

Felipe Dex (2): é claro que isso é apenas um exercício mental projetando as tendências atuais. Esses movimentos são muito longos, e portanto difíceis de prever. Eu posso estar muito enganado... tomara, mas acredito que este é o caminho que estamos trilhando. Bom, no meio tempo, se você se mantiver acima da linha de pobreza (o que vai ser cada vez mais difícil), aproveite! O Capitalismo vai estar pujante!!!

Monitor na Vertical

Agora que troquei de computador, finalmente pude usar uma funcionalidade do monitor com que meu Windows 2000 não se dava muito bem: girá-lo e colocá-lo em pé!

É realmente muito bom para ler... fica exatamente como uma folha de papel... incrível!!! Não dá mais pra viver sem um!!!!

Felipe Dex: viva a tecnologia!!!

segunda-feira, novembro 20, 2006

Faça você mesmo!!!

No post de hoje, vou ensiná-los a se prepararem para o futuro que sinto que começa a se formar, agora que até o Japão decidiu que vai construir armas nucleares, e os Estados Unidos já consideram a China como um país militarmente ameaçador...
Você vai precisar de:
1- Um casaco, bem grosso, pra se esquentar quando vier a glaciação (ano passado falavam em 200 anos, então já são 199! risos!)...
2- Junte ao casaco um cachecol, porque daí você já consegue se proteger do inverno nuclear que vem quando todo esse povo que tá construindo armas nucleares resolver quebrar o pau. Eu me recordo de algum pensador que disse que não se faz armas se não se pretende usá-las.
3- Eu também teria uma máscara de gás... just in case...
4- Uma bicicleta: você vai precisar fugir rápido, e não haverá combustível... E não me venha com essa de carro a água... afinal de contas: que água?!?!?! (Lembre-se que o Sol vai estar encoberto pelo inverno nuclear!!!)
5- Uma pá e uma espátula: muito importantes pra construir seu bunker!!!
6- Arranje umas batatas, sementes e, quem sabe com sorte, algum mamífero que produza leite (tente evitar os radioativos!!!).
7- Alguns livros: tente preservar um pouco do conhecimento gerado pela civilização, e do ser humano que ainda existe em você. Em último caso, você ainda pode usá-los pra se esquentar...
8- Ao menos um parceiro sexual (tem que ser do sexo oposto!): muitos vão discutir com esse lance de sexo oposto, mas lembre-se: sem reprodução = extinção. Faça um esforço pela raça humana!!!
9- Escravos, servos ou seguidores: muito úteis para ajudar você a construir seu bunker a tempo. Seguidores são o ideal se você puder convênce-los a se sacrificar por você, ficando de fora do bunker, sem consumir sua comida (quem falou em ética???)...
10- Uma lâmpada fluorecente (tente conseguir mais): você não quer passar suas férias de Inverno Nuclear no escuro...

Agora que você já tem tudo que precisa, lembre-se:
1- Construa seu bunker longe de grandes centros urbanos, que são alvos mais visados...
2- Fundar uma religião agora pode ajudá-lo a conseguir seguidores e parceiros sexuais (mesmo que eles não sejam os mais intelectualmente qualificados para refundar a raça humana... agente faz o que pode...).
3- Não fique se culpando por causa das pessoas que ficaram do lado de fora do bunker. Console-se imaginando que elas foram para o céu...
4- Vire ateu em seguida, para acabar com seu medo de ir para o inferno!!!
5- Não dê bobeira: a vida é justa, mas só 3 vezes a cada 7!!!

Felipe Dex: um mundo duro exige medidas duras... alternativamente você pode tentar construir uma espaçonave... mas não é tão garantido...

Mais um ano de vida...

Eu gosto de escrever um post de aniversário, por que me ajuda (olhando os velhos) a entender como fui mudando, e o que passava na minha mente (se vc procurar em todos os novembros existe um post semelhante...). Também é notável que eu conto os anos pelo meu aniversário, não pelo ano novo (apesar que é só 1 mês e meio de diferença... não muda muita coisa...).

Eu diria que foi um ano bom (é claro que estamos olhando só um ambiente muito micro - minha vida - num contexto mais amplo, não sei se foi tão bom assim).

Acho que nesse ano eu mudei menos. Pensando bem, talvez seja apenas uma impressão. Outro dia mesmo estava pensando em coisas que fiz ou que não fiz, passadas nos últimos anos. Percebi que em épocas passadas havia conclusões que não estavam a meu alcance. O que nos traz a uma visualização importante: eu já tenho alguns problemas resolvidos na mochila...

Parece engraçado afirmar isso, mas pela primeira vez na vida eu sinto que tenho experiência. Eu tenho um punhado relevante de conhecimento acumulado sobre a vida. É claro que, como eu mesmo disse, ainda é apenas um punhado. A sensação de que há um mundo pela frente ainda está aqui - na verdade, eu vou sempre me esforçar pra não perder isso...

O mais incrível de tudo... é que quanto mais eu envelheço, mais novo me sinto... deve haver algum limite teórico pra isso!!! hauahhaua

Felipe Dex: ainda faltam uns 96 anos... fiquem tranquilos!!!!

segunda-feira, novembro 06, 2006

A respeito do blog... e mais uma coisa...

Eu sei! Eu sei! E se você passa por aqui de vez em quando já sabe também!!! Entrei numa daquelas fases que é improdutiva para o blog... Penso em muitas coisas para escrever, mas o cansaço, o trabalho ou a balada acabam me impedindo...

Mas esse blog é um dos amores da minha vida (foi muito exagerado isso)... vamos refazer: esse blog é meu canal aberto para o mundo, e nunca vou abandoná-lo!!!

Exatamente ao contrário do que fez minha (agora) ex-namorada, já há bastante tempo agora... Terminou comigo. E foi sem motivo que eu pudesse acreditar (e eu sempre tenho por princípio acreditar no que as pessoas me dizem, mas nem sempre consigo comprar).

Já me resolvi com essa história toda... mas ainda fica uma dorzinha, uma dúvida do que poderia ter sido... sensação que até então me era desconhecida. É tão difícil encontrar alguém pra se apaixonar depois que se abandona a idealização... e quando finalmente a tal da garota é encontrada ela foge... sem motivo aparente... talvez por simplesmente não estar pronta pra se apaixonar...

Ainda assim, a garota que conheci tem um lugar no meu coração, junto com todas as outras coisas e pessoas que amo. Sim, amo. Porque nunca se deixa de amar algo... apenas o que se ama deixa de existir.

Felipe Dex: o rio nunca é o mesmo, ainda que esteja sempre no mesmo lugar (eu tentei roubar a frase de alguém, mas não lembrei da frase exata).

quinta-feira, outubro 12, 2006

O Pior Acorbertamento da História

Ontem, dia 11 de outubro, um avião (ainda que pequeno) se chocou com um prédio em Manhatan. Foi um avião, contra um prédio, em NY, num dia 11. Eu juro que quando vi a notícia fiquei esperando a Al Qaeda aparecer na TV dizendo que foram eles a qualquer momento. Mas acho que eles não fizeram isso em 2001, por que fariam agora?

Eu concordo que, se foi um atentado, foi muito mal planejado. Se você quer explodir contra um prédio num dia de semana à tarde, escolha um prédio comercial. Em um residencial, talvez você mate um gato, um papagaio, talvez até um cachorro. Isso vai deixar as pessoas tristes, mas não chocadas o suficiente, considerando o tempo e recursos gastos no planejamento e execução, foi um grande desperdício.

Juntando as duas coisas, tinha-se uma dúvida razoável sobre se foi um atentado ou um acidente, mesmo o atentado parecendo um pouco mais provável.

Daí começaram a aparecer mais informações. Primeiro, o avião ganhou altitude e depois mergulhou diretamente em direção ao prédio. Isso não parece o padrão de um acidente, mas de um kamikaze!!! Ainda assim, você poderia ficar em dúvida...

Mas não por muito tempo!!! O governo yankee logo surgiu com a explicação. O piloto era um jogador de baseball (???), que tinha apenas 400 horas de vôo. Antes de vocês pensarem em "muito inexperiente, apenas 400 horas", eu quero lembrar-lhes de que, se você trabalha 8 horas por dia, 400 horas seriam 10 semanas de trabalho. Imagine a quantidade de coisas que você faz em 10 semanas de trabalho!!! Com mil horas de vôo você já pode voar um caça!!!! 400 me parecem suficientes para não bater contra um prédio, sem sequer uma pane no avião, em um dia com visibilidade suficiente para ver o prédio.

E por fim, veio a comprovação: o passaporte do suposto piloto foi encontrado na calçada, nos arredores da colisão, por alguém que trabalha no governo dos Estados Unidos (eu vi o cargo na CNN ontem, mas não lembro exatamente o que era agora).

Foi então que minhas dúvidas se dissiparam: foi um atentado terrorista! Seguido de um atentado contra a inteligência e a criatividade, mas esse segundo não feriu ninguém (apesar que admito que fiquei meio pê da vida)...

Eu realmente pergunto quantas leis da física o passaporte teria que violar para chegar à calçada em estado reconhecível (no caso, sem ter sido incenerado). Além disso, de todas as coisas que poderiam ter sido arremessadas, o passaporte de um estadunidense, dentro dos EUA, era a coisa mais improvável de sequer estar dentro do avião!!! Como as pessoas podem sequer acreditar por um segundo nessa história?!?!?!?!?!?!

Como a CIA, a NSA, ou qualquer uma dessas agências malucas não conseguiu bolar uma história pelo menos passável??????? Não dava pra esperar um dia ou dois e fazer um reconhecimento forjado de arcada dentária???? Por que tanta pressa? A pressa é inimiga da perfeição não deve constar entre os ditados mais populares da lígua inglesa...

Eu achei que esse conto de fadas ia desaparecer ao longo do dia (como nunca mais foi mencionado em nenhum lugar que caças haviam derrubado um dos aviões raptados, que eu ouvi ao vivo na CNN dia 11 de setembro de 2001... depois só se falava de avião desaparecido...), mas quando liguei a TV à noite, ainda estava lá!!! Bom... talvez isso signifique que eles aprenderam alguma coisa com 11 de setembro...

Felipe Dex: não se fazem mais acobertamentos como antigamente, nem terroristas... as pessoas estão ficando desleixadas!!!

sábado, setembro 30, 2006

De República a Império

Posso estar enganado, mas parece que a história finalmente nos mostra o que a Queda das Torres marca. Por muito tempo achei que fosse o início do declínio do poderio dos Estados Unidos, mas isso ainda está a alguns anos de acontecer, e provavelmente tal destino está muito ligado ao futuro da China, não ao do Islã.

O que creio que está ocorrendo é a transição, feita com grande desgosto pelos romanos 2 mil anos atrás: a República se torna Império. Os sinais são claros:
  1. Apologia do soldado, do homem que dá a vida por seu país.
  2. O poder democrático, melhor caracterizado pelo Legislativo, perde força em favor do Executivo. A simbologia disso é muito viva, e não poderia ser verdade maior: o povo entrega o poder a seu(s) líder(es).
  3. O Estado se torna mais presente. O controle sobre a vida (e morte?) dos cidadãos aumenta a ponto de se tornar paupável.
  4. Nações mais fracas são simplesmente atropeladas pelo poderio militar do império, a diplomacia da espada.
  5. O poder central deixa de ser criticado pela Mídia (que não é nada menos do que o quarto poder). Na verdade, a Mídia se torna uma ferramenta de propaganda do Estado.
  6. Agora totalmente estabelecida, a oligarquia tende ao descaso do povo. As desigualdades sociais crescem.
Roma se tornou um império 120 anos depois da queda de seu maior inimigo (Cartago). Para os Estados Unidos, foram apenas 15. O Império Romano perduraria por mais 500 anos. Não creio que seja possível fazer uma regra de 3, mas tenho a impressão que os estadunidenses encontrarão os chineses da mesma forma que os romanos encontraram a Párthia.

Duas reportagens da Folha que inspiraram esse texto:
- Muro do México
- Autorização para Tortura

Ainda levaremos um tempo para entender exatamente como será esse império, mas tenho certeza que será igual a todos os outros: violento, assustado e sem tratamento igual a todos os seus filhos.

Felipe Dex: o início do Império Romano trouxe 100 anos de paz a seu território (claro que ocorreram várias pequenas guerras, mas todas na periferia do império). Pergunto-me como será esse novo império, numa era em que se está a menos de 24 horas de distância de qualquer cidade do mundo e a pouco mais de alguns segundos de qualquer pessoa.

domingo, setembro 03, 2006

Vida Corporativa: Empresa Grande ou pequena?

Algum tempo atrás uma amiga minha, que estava participando de um processo de trainee para uma grande empresa (uma dessas multi-nacionais) me perguntou porque eu tinha odiado trabalhar em grandes empresas (entre elas o então maior banco do mundo) e decidido ir para a empresa em que estou hoje, podemos chamá-la de empresa D, uma pequena consultoria de investimentos, onde trabalham apenas 8 pessoas (contando comigo).

Naquele dia não soube responder. Minha resposta foi muito mais emocional (excesso de burocracia, RH enchendo o saco) do que racional. Mas agora acho que consegui racionalizar o sentimento: tudo está ligado a liberdade e incentivos corretos. Vou relatar minha experiência somente após ter deixado de ser estagiário (em julho de 2005, como dá pra ver na minha história, na coluna da direita...), porque então já era elegível a bônus, a maior revolução em remuneração do século XX (risos).

Para os que não vivenciaram o mundo corporativo ainda, bônus entra na chamada remuneração variável, ou seja, é algo que não faz parte do seu salário. Na verdade, é uma recompensa por objetivos cumpridos, tanto de trabalho efetivo quanto de aprimoramento pessoal. No mercado financeiro (meu caso), normalmente é semestral. E não é nada simbólico: meu primeiro bônus, na empresa A, foi de 3 salários, razoável para alguém que é bastante júnior. Em um ano, isso significa receber 12 meses de salário, mais o 13º, mais 6 salários de bônus, ou um total de 19 salários!!! Bônus existem em todos os tamanhos de empresas. A discussão fica mais didática e se aprofunda nos parágrafos seguintes...

A primeira coisa a se notar em uma empresa grande é que sua liberdade de ação é limitada, especialmente se você é júnior. Isso quer dizer que sua capacidade de gerar valor para o acionista também é limitada. Em uma empresa com uma política de remuneração não burra, o seu bônus é diretamente proporcional ao valor que você gera para o tal do acionista. Logo, seu bônus está limitado. Uma coisa muito desmotivante para mim numa grande empresa foi descobrir que, sem dar o melhor de mim, consegui o melhor bônus possível. Pode parecer bom à primeira vista ("eu vou ganhar bem sem ter que trabalhar tanto!"), mas à segunda vista vem a frustração: "eu poderia ganhar muito mais se não existissem limitadores!"

Numa pequena empresa você é livre para criar e alterar as coisas, o que significa que você é capaz de gerar muito mais valor para a empresa. É então que entra o grande truque: não há limitações a seu bônus! É comum inclusive a distribuição de participações na empresa, o que lhe garante uma parte dos lucros. É claro que tudo isso está ligado ao valor que você gera. Se você, como eu, está no setor de serviços (i.e.: mercado financeiro), é nítida a grande oportunidade de conversão de Capital Intelectual em Financeiro: bem vindo ao Século XXI, à Economia Pós-Industrial (ou de Serviços) (eu até me emociono ao escrever isso! - risos)!!!!

Algumas notas importantes:
  • em qualquer empresa, tente estar nas chamadas "atividades de frente", ou seja, aquelas que geram maior valor ao negócio (lembre-se: mais valor = mais bônus);
  • se seu trabalho é chato e repetitivo, você não está numa dessas áreas!!! No entanto, não é incomum "começar de baixo", por assim dizer;
  • o preço para fazer a tal da conversão não é barato: você tem que estar disposto a trabalhar muito mais, e dar muito mais de si mesmo;
  • numa grande empresa, sua empregabilidade é menos volátil: uma pessoa desmotivada pode sobreviver por anos a fio;
  • numa pequena empresa, a "recompensa" é maior para os dois lados: ou você está no pódio ou está na rua!
Acho que não preciso dizer que, se você gosta do que faz (vide: eu), o melhor lugar para se estar é numa pequena empresa!!!

Felipe Dex: viva o Capitalismo!!! Viva a Economia Pós-Industrial!!! Viva o Capital Intelectal!!!

domingo, agosto 20, 2006

Inesperado

É impressionante como várias coisas na vida acontecem quando você menos espera. Na verdade isso é o que torna o mundo um lugar divertido (por vezes triste, mas sempre divertido). Existem três motivos para algo ser inesperado: foi realmente uma grande surpresa, era possível prever mas não visualizar ou ainda, era possível prever e visualizar, mas algum tipo de bloqueio (in)consciente impediu que isso acontecesse.

Eu admito que me recordo de poucos imprevistos que eu pudesse prever, mas não quis acreditar. Os dois outros casos são mais comuns. Morar em São Paulo é um bom exemplo: quando eu terminei a segunda fase do vestibular eu imaginei que tinha passado (claro que não podia ter certeza). Eu deveria ter construído mentalmente uma imagem de mim mesmo, morando longe de casa (eu sabia que, se passasse, São Paulo seria meu destino).

No entanto, eu não fui capaz. A mudança era tão grande (e eu ainda nem sabia que ia morar sozinho) que, e reconheço isso agora, me era impossível prever como minha vida seria. Admito que foi uma mudança incrível, apesar do frio na barriga.

Ainda assim, nada te prepara para conhecer alguém (lembrando a todos da minha eterna opção pela heterossexualidade, oculta pela indefinição de artigo, essa frase parece pífia nesse texto, mas vai saber o que as pessoas entendem quando ela é utilizada em um contexto de grandes surpresas!!!) e em um mês estar namorando. Especialmente olhando para a forma como minha vida estava estruturada recentemente, não descrita aqui para polpá-los dos detalhes "sórdidos".

Acho que se o mundo fizesse sentido não seria tão divertido!

Felipe Dex: o mundo é o lugar mais psicodélico que o mundo pode oferecer. (E sim, essa é a frase mais recorrente para finalizar posts!!!)

sábado, agosto 12, 2006

Adulto?

Aos vidrados em análises nonsense e discussões psicológicas ou científicas, e que por acaso leiam a SuperInteressante, procurem por mim na sessão Desabafa da super desse mês ("Os superpoderes do Cérebro"). Eu tô comentando sobre os rituais de passagem, que foi uma discussão da edição anterior (capa sobre Psicopatas).
Infelizmente, o que eu escrevi foi um pouco cortado e editado... nem parece que sou eu escrevendo, então vou colocar o texto na íntegra aí embaixo:
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Gostei muito da reportagem "O Adulto Desmontado", da Super de julho de 2006. Tenho 23 anos, mas moro sozinho há 5 e me sustento há 2!!! Ainda assim, ainda me sindo adolescente, admito ter um certo medo de ser adulto. A reportagem me mostrou que não preciso ter medo de continuar sendo exatamente como sou: responsável quando necessário, mas uma criança no resto do tempo.
A reportagem só não falou de um ritual de passagem para a vida adulta muito famoso no Brasil: o trote. É claro que é muito mais nítido para mim, que vim morar sozinho logo depois de passar por ele. A cabeça raspada contém uma simbologia interessante: a perda do cabelo altera sua visão de si mesmo, e essa visão é reconstruída enquanto o cabelo cresce novamente. É uma pena que alguns transformem esse bonito ato em tragédia, mas o trote é uma parte de nossa cultura, tão importante quanto os praticados pelos índios mostrados na reportagem.
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Felipe Dex: interagindo com o mundo, dessa vez impresso!!!!

sábado, julho 15, 2006

O que está acontecendo com o mundo???

Algum instinto interno começa a me dizer que esta semana será lembrada para sempre. Apesar de eu ainda não entender exatamente o que está acontecendo, sinto que o mundo está inquieto.

Guerra de Israel... PCC no Brasil... Jovens franceses insandecidos... Iraque e Afeganistão em polvorosa... A África indo de mal a pior...

É possível sentir o calafrio causado pelos ventos da mudança... mesmo sem entender exatamente de onde para onde eles estão soprando.

A essa altura é impossível dizer se o mundo está mudando para melhor ou para pior. O que parece estar acontecendo é que finalmente a desigualdade social causada pelo capitalismo e a dominância dos ricos sobre os pobres chegaram ao ponto de estrangulamento.

Quando se sentem encurralados e percebem que não há mais nada a perder, os oprimidos partem para revolta aberta. Sentindo-se ameaçados, os dominantes se tornam intolerantes e violentos.

Reis e seus Impérios já caíram em cenários parecidos. No entanto, parece que estamos somente no começo de tudo. Deve levar alguns anos para que comecemos a sentir as mudanças.

A Queda do World Trade Center foi realmente um marco, tão grande quando a Queda de Roma ou a de Constantinopla. Só falta saber exatamente o que ela marcou. Observem que, em todos os eventos dessa frase foi o conflito entre ricos e pobres, dominadores e dominados, que fez o estopim se incendiar...

Felipe Dex: tomara que a resposta para o Paradoxo de Fermi não seja a pior das alternativas!!!


Medo de Deus???

Um fato muito relevante sobre as religiões do "Ocidente", e Ocidente está entre aspas porque coloco entre tais religiões não só as cristãs, mas também o Islamismo e o Judaísmo, é que elas são baseadas e edificadas no medo.

O bom homem é aquele que não só ama a Deus sobre todas as coisas, mas que teme a Deus. E é esse mesmo o exato sentido: aquele que tem medo de Deus.

O contraste com as religiões do Oriente Longínquo é nítido: lá o medo não é nem de longe o caminho para a salvação. Para hindus, budistas e muitos outros o medo traz inquietação e dor. Segundo eles, devemos nos livrar do medo para alcançar a iluminação, o nirvana, enfim, o que conhecemos como Paraíso.

Farei uma citação no mínimo inusitada quando se discute religião: Fear is the path to the Dark Side. Fear leads to Angry. Angry leads to Hate. Hate, leads to Suffering (Mestre Yoda).

Lembrem-se do medo, e lembrem-se do que já foi feito manipulando o medo das pessoas: as cruzadas, as intifadas, as jihads, as incursões israelenses à Faixa de Gaza e, é claro, o holocausto nazista.

O caminho é sempre o mesmo. E é exatamente o citado pelo velho Jedi: medo, raiva, ódio.. sofrimento.

O medo não é o caminho para a salvação, se é que tal coisa existe, muito menos para a iluminação. Ele é apenas uma ferramenta para controlar e manipular grandes grupos sociais. E é uma ferramenta rica em efeitos colaterais.

Felipe Dex: medo? só do próprio medo!

domingo, julho 09, 2006

Um Cigarro & Um Chaveco

Por muito tempo tentei entender os vários motivos que levam as pessoas a fumarem, mesmo vendo aquelas fotos horríveis (a da perna necrosada é a que mais me choca), sendo loucamente advertidas, ameaçadas com câncer e tal.

Segundo um amigo meu, que não fuma, mas, ao contrário de mim, já pôs um cigarro na boca, o gosto é ruim, ter fumaça passando pelas suas vias aérias é uma sensação ruim e o prazer de fumar só vem quando você já está viciado em nicotina.

Vemos que é bem diferente de beber, onde você pode ficar no mínimo alegre logo na primeira vez (risos)!!!

Eu descobri, por acaso, pouco tempo atrás um fenômeno social interessante, que parece afetar principalmente mulheres. Eu intitulei este post em homenagem. Em uma balada, reparei que uma amiga minha de longa data que fuma "socialmente", sempre pedia fogo a homens... e sempre havia alguma interação após isso. Achei o fenômeno interessante, mas precisava testá-lo.

Para meu delírio, quando ela puxou o próximo cigarro (ela carregava cigarros, mas não isqueiro... também parece ser um padrão entre as mulheres), havia uma mina acendendo seu cigarro, com um isqueiro na mão. Quando percebi que minha amiga procurava alguém com um isqueiro, cutuquei-a e disse: "aquela mina tem um isqueiro...".

E aqui começa a parte divertida. Ela olhou para a mina por 2 ou 3 segundos. Nitidamente ela tentava se decidir se pedia ou não pelo isqueiro. Enfim, veio a definição: ela se virou para um cara ao lado e pediu por fogo. Ele não tinha sequer um cigarro nas mãos. Mas tinha isqueiro... e observamos então alguma interação. Eu sempre me impressiono com a natureza humana.

É claro que não é somente nessa situação que observamos esse tipo de comportamento, que no futebol seria merecedor de cartão amarelo!!! Tal padrão também pode ser observado em momentos bem mais simples, como pedir por direções na rua ou escolher o lugar para sentar-se no ônibus, no metrô e, por que não, numa mesa de bar, dentre uma turma de "amigos". Afinal de contas, assim como no futebol (eu sei que não costumo fazer analogias com futebol, mas é nisso que dá assistir praticamente todos os jogos da copa...), o posicionamento em campo é um dos principais fatores que levam à vitória. É claro que o mais importante é a iniciativa!!! hahaha

Felipe Dex: jamais vou sequer considerar a hipótese de colocar um cigarro na boca... mas não vejo mal nenhum em carregar, preventivamente, um isqueiro...

segunda-feira, junho 26, 2006

1º Semestre sem faculdade

Pela época do ano, isso normalmente seria um post sobre o quanto eu ando enrolado com os trabalhos de final de semestre, correndo como louco, com mil coisas pra fazer... tenho amigos nessa exata situação...

No entanto, admito estar entediado. Mesmo fazendo várias baladas (foram 3 essa semana, o jogo do Brasil, o da Argentina, e mais o Vegas - não pergunte o que eu estava fazendo lá - ontem)...

Começo a ter uma sensação de que minha vida está excessivamente fútil, e acho que ando me preocupando excessivamente com coisas que antes passavam batidas, simplesmente porque eu estava ocupado, ou porque eu não estava em déficit de atenção (que é o que ocorre com pessoas altamente sociáveis - como eu - quando conversam com poucas pessoas em um determinado período de tempo).

Na verdade, é um fenômeno interessante, pois durante a semana estou muito ocupado, da mesma forma que ocorria quando estava na faculdade, mas fico simplesmente de bobeira no fim de semana. Eu poderia ficar trabalhando de casa... mas, ora bolas, eu preciso ter uma vida além do trabalho...

Por trás de tudo isso há um fenômeno estranho, mas que causa talvez o maior dos impactos... mesmo sendo algo em que eu não gostaria de acreditar: o lado financeiro. Muitos de meus amigos ganham pouco, não estão trabalhando, ainda fazem estágio, entre outros fatores aleatórios... enquanto isso eu, bem, desde que fui efetivado na empresa A, em julho do ano passado, meu salário dobrou, com um aumento muito pequeno dos custos fixos (proporcionalmente).

O resultado disso é que, perto deles, eu sou a versão financeira do coelho da duracell... estranhamente, isso também mantém meu pique pra balada, quando o das outras pessoas já se esgotou...

Tudo muito pirante e nonsense...

Felipe Dex: acostumando-se a uma nova realidade, ainda tentando entender tudo que ocorre à sua volta!

sábado, maio 27, 2006

Das Matrix

Andando a esmo pelo You Tube, numa noite em que o sono e o frio pareciam ter me derrotado, encontrei um teaser de Matrix XP. É muito engraçado e digno de ser assistido exaustivamente...

Recomendo, claro, ir ao site www.matrix-xp.com, onde dá pra fazer download do filme, mas também dá pra ver no YouTube, eu vou ver se consigo por aí embaixo.



Felipe Dex: é, eu sempre fui viciado em Matrix, e em críticas ao Windows... o vídeo é simplesmente genial!!!!

segunda-feira, maio 15, 2006

São Paulo, Cidade Sitiada

Quinze de maio de 2006. Um dia que não será esquecido por nenhum morador de São Paulo. Um dia que começou torto, e ainda não se sabe como vai acabar...

Até a hora do almoço as pessoas ainda estavam tranqüilas. Um dia sem ônibus não é exatamente raro por aqui, afinal, vez por outra tem uma greve, ou uma enchente. Ainda assim, a cidade já não era a mesma...

Após o almoço, as notícias começaram a chegar. Uma viatura da polícia metralhada em Higienópolis, uma estação do metrô atacada. Tal qual agências de bancos, outros ônibus... o ataque aos bairros nobres pesou nos corações dos paulistanos. Faculdades e escolas fecharam as portas. O comércio também. Até eu, que normalmente só chego em casa às 10, cheguei às cinco.

No caminho, percorrido rapidamente graças à bicicleta (salve salve), o trânsito caótico. O nervosismo estampado em cada rosto. A rua Oscar Freire FECHADA. Meu celular já não completava ligações.... a rede não completava as chamadas...

Um instinto, talvez alguma marca de guerras passadas em meu DNA, fez com que, ao chegar em casa, o único pensamento em minha cabeça fosse: "comida". Eu não estava com fome. Algo em mim dizia que eu precisava comprar comida. Cultural ou genética, a voz que bradava em minha mente dizia para que eu me preparasse para tempos de guerra...

E não fui o único. Ao entrar no supermercado, a primeira frase que ouvi foi "da onde saiu tanto cliente?!". Dita por uma funcionária. O supermercado fechou as portas logo depois que saí... Deixaram cerca de 7 pessoas que estavam à porta entrar, mas elas tiveram que insistir... devem ter sido as últimas. Todos queriam ir para casa.

E é inverno. São 6 e meia e já está escuro... O governador apareceu há pouco na tv, dizendo que não há toque de recolher. Mas que a força policial estará toda nas ruas. O que ele não disse, é que eles estão sedentos de sangue. Perderam, em 3 dias, cerca de 50 amigos e colegas. "Isso não vai ficar assim" foi a frase que, dita por um policial, ficou registrada nos jornais...

As prisões ainda estão em motim. E o pressentimento que tenho, é que o que está para acontecer vai fazer o Massacre do Carandiru, hoje já num passado distante, parecer uma tarde no parque.

Nunca achei que diria isso, mas aqui em casa, acuado, sei que, se isso acontecesse, não haveria peso em meu coração. Há peso somente pelos que foram, em um bonito fim de semana de outono, mortos covardemente.

Felipe Dex: nunca mais seremos os mesmos.

segunda-feira, maio 01, 2006

10 anos a 1000

Um amigo meu encontrou esse blog, que, no entanto, é muito mais significativo para mim do que para ele.

Apesar de inidentificável, o autor diz (canto direito) que é Head Trader de um Banco de Investimentos. No blog, no entanto, ele mostra que não é apenas isso: é uma pessoa consciente e ligado às artes, o que pode ser visto não só no layout do blog ou em seus comentários sobre o assunto, mas também pelos desenhos que faz.

Ele vê, em seu blog, ao menos, as coisas de um modo diferente do da maioria das pessoas no mercado de capitais... uma visão talvez até próxima da minha. Assim como eu, ele vê a hipocrisia do sistema e se revolta com ela.

Mas eu ainda tenho fé que é possível fazer algo por este povo tão sofrido. Mas ele tem 10 anos a mais. Talvez eu quebre a cara, mas preciso tentar antes...

Sinto me um pouco menos só ao saber que existem mais pessoas no mercado financeiro que não venderam a alma, que não votam num maldito PSDB, que talvez não seja mais que um PFL disfarçado. Fico triste por aqueles que levantam a voz para defender um maldito candidato xoxo de direita, que dizem ser incorruptível.

Não. Não estou defendendo a esquerda, que como vimos é tão suja quanto. Sim. Tão suja quanto a direita, nem mais, nem menos. O poder corrompe e corrói. E não estou falando apenas dos pilares democráticos do mundo moderno, nem das almas daqueles que se envolvem com a política (esses já corroídos e corrompidos).

Levanto minha voz em defesa daqueles que sofrem com as políticas malfeitas e que só beneficiam poucos, que concentram renda e que, no longo prazo, levarão esse planeta à ruína.

Felipe Dex: e por cima disso tudo, os congressistas julgam seus próprios crimes. Porque não mandamos também assassinos decidirem quantos anos devem ficar presos???

segunda-feira, abril 03, 2006

Absolut Dex!!!

Organizar o pouco que eu organizei já foi complexo: contar ingressos, ver onde tinha hotéis pros familiares de passagem, ter certeza de que os amigos que fazem medicina tinham trocado os plantões, comprar a vodka, ampliar a foto onde estou em frente a uma grande garrafa de Absolut (muito bom, era o que faltava pra completar a parede!!!)... entre tantas outras coisas, foram apenas o começo. ..

As comemorações da formatura foram muito boas, e agradeço a todos os que vieram.

Mas ela foi mais que uma marca de conclusão de curso... precedeu minha última semana na empresa A.

Agora já fazem 3 semanas que estou na empresa D. Que não é mais uma grande corporação. Acho que já estava cansado delas... políticas e distorçoes diversas... no fim das contas, é muito mais um grande jogo pelo poder pessoal do que por uma acionista distante. E o cliente não é mais que um marionete nesse jogo hediondo e absurdo.

Uma empresa pequena e promissora, no ramo de investimentos (onde mais poderia ser?), formada por 7 pessoas, todas compradas no mesmo sonho. Meu destino não está mais ligado à minha idade (pouca, é verdade), ou à promoção daqueles mais velhos que eu... não pense que uma grande corporação é muito diferente de uma repartição pública...

Felipe Dex: sempre na corrida, sempre olhando pra frente, mas sem nunca esquecer o que ficou para trás.

segunda-feira, março 27, 2006

Plano perfeito...

Foi até o SP Market (acreditem em mim, é muito longe... nem sei se ainda é São Paulo... hahaha) assistir a "O plano perfeito". Eu esperava que fosse apenas um filme sobre um roubo a um banco... bom... ele é tudo, menos isso.

O filme discute vários temas atuais, outros atuais desde 1945, de uma maneira chocante, e fácil de não perceber... a montagem é muito inteligente, pois tudo flui como mais uma parte da história... impressionante.

Eu o colocaria, em termos de denúncia, ao lado de Syriana. É incrível como Hollywood (ou pelo menos parte dela) se empenhou, de repente, a fazer filmes de denúncia, ainda que disfarçados de filmes de ação comuns.

Só me falta ver Crash. Que foi muito recomendado... não pelo Oscar, é claro, que está entre as coisas mais odiosas da face da Terra...

Esses filmes falam muito comigo... infelizmente, eu já sou alguém atento às coisas retratadas (não que eu me ache melhor que ninguém por isso... mmmm.... talvez eu me ache sim... talvez!). Realmente me pergunto se eles falam com quem é importante, ou seja, o estadunidense médio (infelizmente, são eles que votam no Bush).

Assustou-me um pouco o fato de várias pessoas saírem de Syriana sem entender nada. Isso me faz crer que poucos entenderam o paralelo traçado por Spike Lee aos "bem servidos" prisioneiros de Guantánamo...

Que, no fim das contas, pode ser o motivo de Cuba ainda ser comunista... onde mais os yankees poderiam colocar um campo de concentração?


Felipe Dex: não me vem outra frase na cabeça que não "tão longe de Deus, tão perto dos Estados Unidos"... sad but true...

quarta-feira, março 22, 2006

Jornada

Normalmente só escrevo poesias quando estou triste, então resolvi mudar um pouco de figura. Pensei um pouco e consegui escrever esta. Sei que tem rimas, mas gostei mais assim, porque ela é levemente épica:

Jornada

Parte o viajante.
Teme por seu futuro.
A falta de teto e muro,
Espelham em seu semblante.

Certeza não tem nenhuma,
Mas vontade não lhe falta!
É ao alto da torre mais alta
Que sua visão se acostuma!

E os obstáculos não são poucos...
Pelo caminho há lobos,
Famintos e nada bobos.
Pela estrada vê homens, já mortos ou loucos!

O sangue escorre por sua espada,
E o suor por seu rosto.
Sem jamais perder o gosto,
Segue ávido em sua jornada.

Felipe Dex: just to celebrate.

A decisão tomada!

Foi difícil. Como eu havia falado antes, a decisão mais difícil de minha vida, a mais importante. Ela dita uma nova era. Uma era de grande prosperidade.

O risco é grande. Mas é uma nova visão. Um novo rumo. Um novo caminho. A Dexlândia caminha para se tornar uma grande potência.

Não vejo saída a não ser citar minha poesia favorita. A única que sei de cor:

Mar Salgado (Fernando Pessoa)

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

Felipe Dex: é difícil adicionar conteúdo a essa poesia, mas tenho certeza de que estou fazendo a melhor coisa pra mim. E garantindo que minha morte não será por arrependimento!

domingo, março 19, 2006

CrossRoads II: O Retorno de Jedi

Apesar de todo o básico sobre prós e contras estar no post anterior, ainda havia muito o que pensar... eu tinha feito vista grossa à maior das mudanças potenciais.

Até hoje fui apenas um empregado. Uma engrenagem. Numa visão mais humanista, eu era um pedaço do sonho de alguém. Para ir para esse novo emprego, tenho que saber que não estou mais no sonho de outrem, terá que ser o meu sonho também.

E é isso que tenho que me perguntar: o sonho daqueles das 4 letras na sigla são compatíveis com o meu sonho? Eu posso adotar e sonhar o sonho deles???

Eu acho que sim! E acho que por maiores que sejam os riscos, sou simplesmente jovem demais para não corrê-los...

Felipe Dex: ready to live the dream!

sábado, março 18, 2006

CrossRoads

Talvez seja a milésima vez que eu digo isso, mas estou diante da decisão mais difícil da minha vida. Concordo que poderia discutir o crescente aumento marginal da complexidade da vida, um tema talvez mais profundo, mas meu foco agora é o micro, não o macro, por assim dizer... palavras de administrador...

Ainda não há uma oferta oficial, preciso falar com outras duas pessoas, mas não acho que possa ir absurdamente mal numa entrevista a ponto de fazer meu background ruir. Basicamente, fui convidado a estar na outra ponta do sistema capitalista... fui convidado a ser um capitalista, ainda que com uma porcentagem muito pequena (mas possivelmente crescente).

Como até os leitores ocasionais devem saber, trabalho na empresa A, que é grande e bem estruturada. Gosto do que faço e, apesar de me sentir numa repartição pública eventualmente (tomara que não seja processado por isso... é preconceito, eu sei, mas não encontro outra forma de me expressar), existem boas possibilidades de crescimento e, acredito eu, não é difícil que me paguem metade de um MBA lá fora em 2 ou 3 anos. Tenho direito a um bônus, e meu salário está razoável, regulado pela CLT. Só o plano de saúde que é bem meia-boca... hahaha

Aceitando a proposta, deixo de receber salário e passo a receber pró-labore. Deixo de vender meu tempo e meu trabalho para outrem e passo a reter alguma mais-valia, pouco no início, mas mais no longo prazo.

Mas, com sempre prego, sem risco, não há retorno. E os riscos não são pequenos. Em dois anos posso estar na grande estrada dourada rumo ao mundo dos sonhos, mas posso também estar reescrevendo meu currículo, para vender novamente minha alma para as grandes corporações.

Mas não só de bens tangíveis vive o capitalismo. Mesmo a um custo financeiro alto, tenho certeza de que aprenderei muito mais nesses 2 anos tomando o risco do que ficando onde estou. Aprenderei mais e mais rápido. Terei uma experiência de vida, não apenas de trabalho. Minha mãe me criou repetindo exaustivamente algumas frases, entre elas está "conhecimento é a única coisa que ninguém pode tirar de você, meu filho." Não tenho muitas dúvidas de que ela está certa.

Fico tentanto projetar o pior dos cenários (é sempre bom tentar descobrir quão fundo é o poço). O pior de todos seria, daqui 2 anos, voltar a uma grande empresa, exatamente no ponto em que estou agora. Sei que 2 anos são muito tempo. Mas será que tanto assim? Se eu tivesse feito, por exemplo, 2 anos de cursinho, estaria onde estou agora daqui a 2 anos. Não me pareceria uma situação ruim, no fim das contas...

A outra coisa que passa em minha mente é: suponha que não vá. Fico onde estou. Vou crescendo na empresa A. Em 3 anos vou fazer um MBA no exterior, 2 anos. Volto num bom cargo, ganhando bem, digamos, mais 3 anos. O que vou sentir vontade de fazer em seguida? Casar e ter filhos??? Talvez... mas uma coisa é certa, vou estar procurando uma oportunidade exatamente como a que tenho diante de mim agora. E agora não tenho sequer namorada, muito menos mulher e filhos... tenho algum dinheiro guardado. Não muito, mas suficiente pra me dar uma margem de segurança.

Nunca ouvir nenhuma história de sucesso que contenha "tive uma grande oportunidade e joguei fora, mas depois deu tudo certo...". Do meu ponto de vista cético, "tudo dá certo no final" não passa de "história pra boi dormir", pra citar minha mãe mais uma vez. Sem risco não há retorno, e só se vê adesivos "Jesus Salva" em carros velhos e requebrados.

Minha conclusão não pode ser outra, que não, ao menos, tentar. No fim das contas, quando eu bater nos 50 anos, 2 anos serão apenas 4% da minha vida, ainda que agora sejam quase 10%!

Felipe Dex: Os ventos sopram a favor... mesmo com a bússola desregulada, sinto que é a hora de abrir as velas e içar âncora. Pode ser que não atinja o porto que vejo em meu mapa, mas quem sabe que tesouros posso encontrar?

domingo, março 12, 2006

Tudo pelo American Way of Life(?)

Fui assistir Syriana, e preciso dizer que superou bastante minhas expectativas. O filme nada mais é que uma grande denúncia dos bastidores da indústria do petróleo. A trama é muito bem montada, os personagens são bons e complexos, os conceitos não são explicados no filme (você sai sem aquela sensação de "pensam que sou idiota" do cinema).

O estado psicológico ao fim do filme é de intenso desânimo, no entanto. De perda de fé na humanidade, de falta de esperança para um povo abandonado e amaldiçoado por dormir em cima de um monte de ouro negro.

Todos deviam assistir... infelizmente, acho que só vão assistir e entender aqueles pra quem a história não precisa ser contada... coisas da vida.

Felipe Dex: ao final do filme, comparem o dano feito pelo jovem e desesperançoso garoto (um dos personagens principais do filme) com o estrago feito pela CIA (uma das últimas cenas do filme). É desesperador.

Mais um novo Layout...

Hoje eu estava conversando com uns amigos, e descobri que refaço meu layout uma vez por ano, em média (quatro anos de blog, quatro layouts diferentes). É um pouco menos, porque o FNA faz anos em agosto... mas enfim...

O novo layout possui figuras, formas arredondadas, e é bem mais clean. Como eu havia falado que ia fazer, na direita, onde diz "A Dex Story", há links para os posts relacionados ao evento citado (se houver algum...).

Também coloquei os Previous Posts, no canto, lá embaixo. Na época que comecei o blog isso nem existia... Devia haver algum que trouxesse posts aleatórios, para cobrir os mais antigos.... :)

No fundo, a mudança de layout reflete um pouco do que mudou em mim, estou menos sombrio, mais amigável, e encarando o mundo mais de frente... espero que vocês gostem!

Felipe Dex: novo layout, para novos tempos!

terça-feira, março 07, 2006

Idealização e Espera

Lembro-me que no começo da adolescência (talvez até mesmo no meio, e no final...) eu me apegava a sentimentos, positivos é claro, e o próprio apego que tinha por eles os alimentava, de modo que o sentimento podia perdurar, e me atormentar, por bastante tempo. É claro que eu entendia que o que estava acontecendo era exatamente o contrário: achava que eu estava atormentado pois o sentimento não se desfazia.

Gostaria de citar o caso ilustrativo de um gestor de Hedge Funds, que mantém, há mais de um ano (possivelmente mais de 1 ano e meio), uma posição que será vencedora se a empresa X for comprada por outra qualquer, o que ele acha que vai acontecer a qualquer momento. Ele carregou essa posição em tormentas e tempestades, e por vezes sofreu grandes perdas por causa dela. Não, a história não tem final feliz, ele ainda carrega a posição, esperando que um raio caia em sua cabeça, como eu costumo brincar.

Acho que a situação é bem semelhante a uma paixão platônica: depois de já ter investido muito tempo e esforço naquilo, você tem a certeza de que tudo terminará bem, e a seu favor. Você corre, então, o risco de alimentar um sentimento, seja ele paixão ou esperança, de que vai dar tudo certo. Você não deixa aquilo que sente se esvair. Sem cuidado, a paixão se transforma em obsessão.

Foi engraçada uma constatação recente de que, uma paixonite minha, que podia ter facilmente trilhado esse triste caminho, se desfez em pouco tempo, quando não foi mais alimentada. Não que o sentimento não possa voltar, mas por enquanto ele se foi...

Gostaria de ter tido essa serenidade há mais tempo... teria me poupado várias roubadas e apuros...

Felipe Dex: como eu sempre digo, as pessoas (inclusive eu) dificilmente mudam, mas, com tempo suficiente, mudam sua maneira de ver e sentir o mundo...

quinta-feira, março 02, 2006

Carnaval em... bem...

Eu posso ter dito que, até me mudar pra Sampa e fundar a Dexlândia, morei em Neverland... mas isso oculta 3 anos da minha vida... anos em que morei em uma cidade menor ainda... com cerca de 100 mil habitantes...

Foi lá que passei os últimos 3 carnavais também (os números coincidem... mas eu acredito em coincidências)... Estar lá mexe comigo de alguma forma... apesar de estar restrita dos 8 aos 11 anos, foi uma época muito rica da minha vida... cheia de experiências, amigos, passeios e liberdade.

Mudamos para lá quando meu pai morreu... ou, um ano depois que ele morreu... era para todos nós uma época de recomeçar de novo... novo colégio, novos amigos, novo espaço, novas aventuras...

Uma época em que eu ia andando para a escola todas as manhãs... sozinho. E mais tarde com meus amigos (Diogo, Rodrigo e Raul)... íamos nos encontrando no caminho até chegar ao colégio. E em que fazia trilhas de bicicleta no Parque do Goiabal (não ia dizer o nome... mas vi que já escrevi em outro post...).

Sem contar o nosso Clube... montado num teatro abandonado... E também meu último amor de infância... cujo nome não vale a pena mencionar... mas que como todos os amores, tem seu canto em meu coração... Morava com a avó... numa casa grande, perto do Tiro de Guerra...

Boas e velhas lembraças... são as pequenas coisas que importam de verdade...

Felipe Dex: meu passado está crescendo rápido e ficando tumultuado... argh!

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Um mundo mais... tenso....

Se você pensou nos muçulmanos, e em tirinhas odiosas, faltou um pedacinho do raciocínio...

O Pentágono classificou (faz umas 2 semanas) a China como "ameaça militar". Gostaria muito de saber se o cenário para a Terceira Guerra mundial está sendo montado. E gostaria de lembrá-los... que há grandes impérios em confronto. Ou, no mínimo, povos que já foram grandes e poderosos impérios.

Os estadunidenses estão em grande destaque, e dispensam comentários...

Temos então os Chineses... A China foi o maior e mais duradouro império da história humana (sim, maior que o Império Romano, e na mesma época... nós seguimos a tradição romana e, portanto, ficamos com a versão deles da história, mal contada, por sinal...). E está na esteira para voltar a ocupar sua posição. Já está a ponto de ser a quarta maior economia mundial... e depois disso, a primeira... com bombas nucleares e homens na lua... nada parece poder pará-los!!!

Aparentemente pobres e desamparados, os muçulmanos também têm sua história de Glória. Sabe aquilo que chamamos de Idade das Trevas??? Bem... era nossa (ocidentais) idade das trevas, porque estávamos perdendo território para os muçulmanos... que conquistaram até mesmo os Balcãns e a Península Ibérica. Foi a era de ouro deles. Tomaram Constantinopla e tudo mais. Eram tecnologicamente mais avançados (eles inventaram o canhão, com pólvora chinesa...). Saladino foi apenas um de seus muitos heróis. E a herança histórica da união dos povos muçulmanos é muito forte... tão forte que até hoje eles sonham com isso, tal qual os europeus sonhavam com UMA Europa.

A Europa, inclusive, é a grande charada do enigma inteiro, assim como sua irmã adotiva, a Rússia. Estar no centro do mundo transforma-as num grande caldeirão de povos e religiões. Será que apoiarão os Yankees, aceitando-os como legítimos bastiões da civilização ocidental? Unida a Europa possui um grande poder bélico e econômico... mas uma grande dependência de alimentos e recursos minerais...

E há mais um fator, que provoca e dificulta todo esta luta: o ouro negro, o Petróleo. Óleo necessário a todos os exércitos e que tem data para acabar: algo como 2035.

Felipe Dex: Comprem um casaco (a glaciação está chegando). Comprem também um ar-condicionado (o efeito estufa está aí). Também recomendo se preparar para fome, falta de energia e guerra!!! Em cinqüenta anos, podemos ter, diante de nós, um mundo inteiramente novo.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

A História de deus

Eu me sentei hoje, com hora marcada, para assistir um documentário no Discovery chamado "A História de Deus". Pela propaganda e pelo título parecia valer a pena. Mas fui enganado... e era bem meia boca...

No entanto, uma parte em especial me chamou atenção. O host do programa, judeu e crente em Deus, dedicou cerca de 15 minutos de seu programa para entrevistar Criacionistas. Um experimento que acho bastante digno... e psicodélico, uma viagem por mentes tortuosas....

Vou usar os dados em ordem diferente.

Primeiro, segundo uma daquelas pesquisas sem fonte (a que eu nunca atribuo muito valor, fora o folclórico), se (eu disse SE) a Teoria de Darwin for oposta ao Genesis da bíblia, 45% dos estadunidenses preferem acreditar na Bíblia!!! Isso é chocante!!! Pergunto-me se isso não quer dizer que 45% dos yankees não possuem capacidade de diferenciar Darwin da Bíblia...

Em notícias paralelas, em algum lugar do sertão dos EUA (eu sei que não é um sertão... mas é lá no meio do nada... Kentucky eu acho), um cara tá construindo um "Museu do Criacionismo", COM dinossauros!!! E o cara ainda ficou tentanto explicar que os dinossauros cabiam na Arca de Noé... eu não tenho palavras...

Talvez um conselho: se vai levar o criacionismo ao pé da letra, pelo menos fala alguma coisa do tipo "os dinossauros não entraram na Arca", que daí você consegue explicar a extinção deles.... e vai... que eu tô te vendo!!!!

E tudo isso junto com um povo que acha que Grand Cannyon é uma prova de que ocorreu o Dilúvio. Eu admito que minha mente é incapaz de encontrar ligações entre as duas coisas...

Minhas esperanças no Discovery Channel se depositam no documentário que será exibido dia 5 de março, domingo, às 20 horas. Aparentemente acharam um dragão... congelado (o que é mais psicodélico)!!! Ainda não acho que o Discovery está falsificando documentários (passarei a acreditar assim que vir alguma propaganda sobre qualquer programa sobre autópsias de ETs... ahaha)... então vou ver o que eles têm a dizer... talvez valha a pena.. considere ligar sua TV...

Acho estranho, no entanto, não ter visto notícias de Dragões em lugar algum... vamos ver no que dá...

Felipe Dex: eu mesmo nasci num ano do cachorro... então não posso falar muito... mas 2006 tá parecendo mais o ano do burro!!!!

terça-feira, janeiro 31, 2006

Subestimando...

Eu pensei, ao longo da vida, que é um erro estratégico subestimar as pessoas, elas sempre conseguem te surpreender. Como sou um otimista nato, em minha cabeça as surpresas eram para cima, ou seja, as pessoas são inteligentes (mais do que parecem), por exemplo.

Mas hoje me ocorreu algo que até então pensava ser inimaginável: substimei a burrice alheia. Por mais absurdo que pareça ser, é real!

Tudo começou com um erro meu (argh, tem sempre que começar de algum jeito, né?), que na verdade não sei se é meu ou em alguma falha psicodélica do Excel... mas estou assumindo o erro.

Em resumo, esse erro fez com que dados em 2 sistemas que não se falam (mas, pelo menos na minha opinião, deveriam se falar) ficassem com dados incompatíveis. Enviamos (isso envolveu minha chefe) um e-mail pedindo a correção do erro. Mas eu não considerei a lei de Murphy: os idiotas são muito criativos (nada é à prova de idiotas)...

Ao invés de acertar o sistema que estava com os dados errados, uma mulher muito infeliz fez com que os dados corretos ficassem errados... afinal de contas, "os dois sistemas ficam iguais". É o cúmulo do absurdo!!!

Agora tenho uma chefe stressada e vou ter que acordar muito cedo... argh!

Felipe Dex: não dêem ouvidos àqueles que dizem que não existem pessoas burras!!! Elas existem sim, e se você se esquecer delas, aparecem pra te assombrar!!!!

domingo, janeiro 29, 2006

Vazio?

É difícil colocar em palavras como me sinto... pra começar porque fazia muito tempo que não me sentia triste (vários meses...). Há uma pessoa que me proibiria de escrever esse post, mas ela não lê mais meu blog, como ela mesma disse, muito tempo atrás (ou será que lê?)...

Também não tenho certeza se as chagas do coração devem ser expostas na internet, mas não vou parar aqui...

Bem, descontado o passado, não, meu coração não está partido... não pelo menos da maneira tradicional... Mas o problema não é o que está lá, pelo contrário, é o que não está. É a falta de uma antiga e conhecida sensação...

Sou feliz, mas não sou completo... E aprendi há muito tempo que não há 2 pessoas iguais...

(Também sei que esse post ficou próximo do incompreensível, mas também você não achou que iso aqui fosse a Contigo!, achou???)

Felipe Dex: acho besteira toda aquela história de amar o que se tem... somente quadrúpedes tem os 4 pés no chão. Ao homem o acaso deu mãos, que permitem buscar e alcançar... prefiro ser um sonhador.

sábado, janeiro 28, 2006

Telemarketing Saturday

Só para explicitar minha revolta sobre o telemarketing. Hoje, até as 2 da tarde, recebi 3 ligações de telemarketing (deviam se chamar spam-calls). É revoltante, as pessoas invadindo meu sábado, quando estou tranquilo em casa, para tentar por as mãos no meu rico dinheirinho!!!! Argh!!!

De agora em diante, não compro nada de telemarketing!!! Nada!!!

Felipe Dex: defendendo as fronteiras da Dexlândia!!!

domingo, janeiro 22, 2006

Dex e o Urso Polar

Essa semana eu assisti um documentário muito incrível sobre ursos polares. São animais realmente incríveis: andam no gelo sem deslizar, conseguem sentir o cheiro de uma foca a 1,5 Km de distância, a audição é incrível, a visão é igual à humana (pior que os outros sentidos.. ahahha).

Fiquei bastante impressionado com uma filmagem, com uma câmera infra-vermelha, que mostrava o urso contra a neve. Só dava pra ver onde ele tava porque ele se mexia. A temperatura externa é igual à da neve... não perde calor!!!

Eu ando me sentindo exatamente igual... eu sempre brinco que eu não evolui muita coisa desde os meus antepassados, bárbaros germânicos: minha pele não dá conta do sol (eu uso protetor fator 50), meus dentes são enormes (tive que tirar os cisos porque eles não cabiam na boca...) e, por fim, meu corpo não dá conta de (ou não quer) eliminar o calor!!

Eu não transpiro muito, e quando a temperatura começa a passar dos trinta graus, eu começo a passar mau... fico mole e talz...uma merda!!! Se o aquecimento global continuar talvez eu tenha que migrar mais pro sul... Ou talvez pro norte, e ter um urso polar de estimação!!!

Felipe Dex: calor é odiável, e ser mau adaptado ao ambiente é pior ainda!!!

Notícia infame...

Eu tinha acabado de acordar ontem.... e tava mudando os canais na tv, quando passei por uma notícia no mínimo folclórica: "Carioca é vítima de bala perdida em São Paulo". Tá bom, tá bom... eu sei que é humor negro...
Mas imagina o cara: "É merrrmão, aqui em São Paulo a violência é de nada não... no Rio, a essa altura, um de nósss já tinha sido atingido porr uma bala perrdida...". Segundo depois... pimba... o cara achou uma...

Nada contra cariocas... apenas a favor do humor negro e da piada pronta... hahaha

Felipe Dex: o mundo é o lugar mais psicodélico que o mundo pode oferecer...

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Início do fim da palhaçada!

Fiquei impressionado com o fim da remuneração extra paga ao Legislativo em convocações extraordinárias. Tudo bem que só foi aprovado na câmara. Mas com a imprensa em cima, o senado dificilmente vai boicotar o tal "decreto legislativo".
 
A economia de R$ 95 milhões aos cofres públicos é pequena perto do gigantesco orçamento federal, eu sei (só o BC torra em juros quantias muito mais absurdas...), mas o significado é fenomenal: quando você ouviu de deputados reduzindo seus salários?
 
Vale a pena, é claro, citar os nomes dos 9 infelizes que votaram contra (até para que eu me lembre depois...):
- Remi Trinta (PL-MA)
- Benedito de Lira (PP-AL)
- Antonio Joaquim (PSDB-MA)
- Pastor Francisco Olímpio (PSB-PE)
- Alexandre Maia (PMDB-MG)
- Ademir Camilo (PDT-MG)
- Alberto Fraga (PFL-DF)
- Philemon Rodrigues (PTB-PB)
- Reginaldo Germano (PP-BA)
 
Gostaria de realçar que um dos caras é um pastor!!! E que outro se chama Philemon!!!! E o detalhe mais sórdido: observem que o "não" reúnem membros de distintos partidos (PSDB, PMDB, PDT, PP...).
 
Felipe Dex: quase dá pra acreditar no futuro do país agora...
 

domingo, janeiro 15, 2006

De volta à bicicleta...

Hoje foi a segunda vez que foi andar de bicicleta aqui em São Paulo (a primeira foi sábado passado). É incrível como eu sentia falta de fazer isso, sair correndo por aí, pedalando com o vento no rosto... Assustadoramente, a parte de Sampa próxima à Dexlândia é plana o suficiente pra andar sem grandes percalços, dá pra ir até o Ibirapuera e voltar tranqüilo...

É digno de nota que, andando de bicicleta, minha mente fica leve, não há preocupações... eu nem carrego o celular (e eu carrego o celular pra todo lado...).

É um grande encontro com o garoto que ainda habita esse corpo... o garoto que costumava descer a trilha do Parque do Goiabal (que não fica em Neverland, mas em outra cidade, em que morei por 3 anos...), com os pneus na terra, sob a sombra das árvores... e sempre voltando com 1 ou 2 joelhos ralados (risos)...

Esse pequeno momento (ou soma de momentos?), enterrado sob uma poeira de mais de uma década está, com certeza, entre minhas memórias favoritas... E é engraçado ver que, depois de tanto tempo, ainda mantenho a mesma alegria ao fazer uma coisa aparentemente tão simples. É bom saber que pude crescer, e perseguir objetivos diversos, sem deixar aquele garoto para trás.

Felipe Dex: e no espelho eu ainda consigo vê-lo sorrindo: uma camiseta verde, suja de terra, os joelhos ralados... apoiado na velha bicicleta azul rajada de branco (uma Montain Flash, ora bolas...), pensando na sua próxima aventura...

terça-feira, janeiro 10, 2006

Tirando o Pó...

É bem engraçado... mas agora que tenho tempo livre, gasto ele fazendo outras coisas, que não atualizar o blog, ou visitar o Orkut (tinha milhares de scraps não lidos...). Tenho milhares de coisas para comentar... e não quero que esse post fique gigante (o que faz com que poucos leiam...) então vou resumir tudo, pra explicar depois!!!

Passei o Natal em Porto Alegre, com a família, claro (eu nasci lá, e talz... e não, Neverland não é lá!)! O Ano novo no Rio de Janeiro, Copacabana, com a galera! Tudo foi bem legal! Várias baladas... fui atropelado por um lamborguini (não o carro... um drink! hahaha), cozinhei a ceia de reveillon (meu strogonoff foi elogiado e repetido... mas o truque é servir quando as pessoas estão com fome!!! risos)...

E por falar em Neverland, minha mãe trouxe minha bicicleta de lá no Natal. Eu sempre alimentava uma vã esperança de que andaria quando fosse lá, mas já tinha chegado à conclusão que tal linha de raciocínio não me deixava andar muito de bike, que eu adoro. No sábado eu fui daqui da Dexlândia até o parque do Ibirapuera, quase me destruí (povo fora de forma é uma tristeza!), mas foi bem legal!

Ah... e ontem (domingo) eu finalmente fui na Loca! Foi bem legal e psicodélico! E sim, eu ainda sou (e sempre serei) heterossexual convicto!!! A música é muito boa e o povo é meio psicodélico... mas eu recomendo...

Felipe Dex: ficando bêbado uma vez por semana, desde o começo de novembro! Se divertindo muito, mas imaginando quanto tempo seu fígado, Flex-Power por sinal, vai aguentar...

Felipe Dex 2: Eu vou para de falar que meu fígado é Flex-Power: ele é DEX-Power!!! hahahaha

Feliz ano novo a todos os povos da Terra (sempre é bom terminar com uma frase de efeito!)