segunda-feira, março 31, 2008

Jogue o Bush do Trem II

Na metade do mês eu escrevi um texto sobre a seqüência de filmes sobre morte de presidentes, coincidindo "estranhamente" com a consistente baixa popularidade do governo de George W. Bush.

Eu lembrei de uma coisa depois (e demorei uns dias pra postar aqui): o filme que foi feito ao final da "Era Clinton", quando a popularidade do presidente estava em alta, foi Airforce One.

Pra quem não se lembra, no filme, que tem Harrison Ford fazendo o papel de presidente, faz-se de tudo para impedir a morte do líder dos EUA. Um dos pilotos de caça perde a vida jogando seu jato contra um míssel que ia em direção ao avião do presidente.

Felipe Dex: é.... os tempos mudam... se a sua popularidade cair a zero, será que você pode tomar o cafézinho da Casa Branca com tranqüilidade?

quinta-feira, março 27, 2008

E o Urso Vai para o Saco

Pra quem anda acompanhando notícias da crise que anda assolando os Estados Unidos (e conseqüentemente o mundo), viu, semana passada (ou na outra, não me lembro agora) um evento raro: a quebra de um grande banco de investimentos, no caso, a Bear Sterns.

Não houve uma quebra efetiva, já que a Bear foi comprada pelo JP Morgan. Mas tal compra só ocorreu com incentivos do Fed, para eclipsar uma possível corrida bancária que se formava. A ação da Bear chegou a valer US$ 170 poucos meses atrás. A compra do JP Morgan sairá, provavelmente, por US$ 10/ação. Na verdade a primeira oferta era de US$ 2,5/ação, o que resultava num valor menor do que o da sede da Bear (que era efetivamente da companhia), um prédio em Manhatan avaliado em US$ 1,2 bi!!!!

Vou lembrá-los de que era uma empresa com rating A, que equivalia a uma chance quase nula de quebra. Na história dos ratings (coisa que já tem lá seus 100 anos), menos de 15 empresas com Investment Grade (nota > BBB+) quebraram!!!

Para os desafetos do mercado de capitais (habitantes do financial cavern), são 3 os pilares da quebra de um hedge fund, mas acho que se aplicam a um banco de investimentos também: Tamanho, Liquidez e Alavancagem. A Bear Sterns tinha uma posição em hipotecas de alto risco (o tal do sub-prime) de bilhões de dólares, com uma alavancagem de 42 vezes. Depois de agosto do ano passado, quando a maré recuou, a Liquidez desses papéis se foi (não há compradores para esses títulos, apenas vendedores, os preços desabaram para zero ou uma porcentagem ridícula de seus valores originais).

No mundo pós-agosto, a Bear satisfez todas as 3 condições: tornou-se uma bomba-relógio. Quebrou junta com seu primo de posições, o tal hedge fund do Carlyle Group (quebra inclusive que causou US$ 2 bi de prejuízo à Bear Sterns).

Lembre-se disso: Tamanho x Alavancagem x Iliquidez = CABUM! (efetivamente se fala blow-up quando um hedge fund quebra da maneira como a Bear quebrou)

Felipe Dex: inteligência é a capacidade de aprender com os erros dos outros! E aquele que não conhece a História está condenado a repetí-la!

sábado, março 15, 2008

Quem sou eu?

Por muito tempo eu acreditei que eu mudava pouco, e o que realmente mudava era a maneira como eu via o mundo. À primeira vista é uma idéia fácil de comprar, mas pense um pouco mais e verá que não é tão simples assim.

Eu estava errado. A música mudou e mudei meus passos, sem mesmo perceber. É divertido voltar atrás e perceber quantos "eus" já existiram.

Felipão era como meu pai costumava me chamar. Era apenas um garoto de 4, 5, 6 e por fim 7 anos. Era travesso e entendia pouco do mundo, por que também conhecia muito pouco. Tinha uma cadela chamada Sweety, ajudava seu pai a limpar a piscina, na casa em Neverland que lhe parecia gigantesca. Aprendeu a ler, escrever, jogar xadrez e andar de bicicleta. Acho que de todas as minhas personalidades foi a que teve o fim mais trágico: perdeu seu pai. A violência desse evento fez com que meu cérebro entrasse em curto à medida que o mundo que eu conhecia desmoronava (minha mãe teve que dar a Sweety, que se tornou violenta por causa da morte do meu pai): fiquei 6 meses sem emitir uma única palavra. Também não tenho memórias desses 6 meses. Felipão morreu, junto com seu pai.

Mas Felipe nasceu, aos meus 8 ou 9, anos de idade. Ele morava em Ituiutaba, com a mãe e a irmã. Adorava andar de bicicleta, e a pequena cidade lhe dava muita liberdade. Morava em um apartamento médio, fazia aulas de inglês. Ele acreditava em Deus, possuía uma fé verdadeira. Tinha saudades de ser o Felipão, mas algo lhe dizia que não era possível. Da mesma forma que o Felipão tinha muitos amigos. Acordava com um rádio relógio. Perdeu sozinho seu medo de escuro da maneira mais difícil: trancando-se num quarto sem luz. Gostava de ficar horas olhando para o horizonte, brincando com sua mente.
Ele se mudou com sua família para Neverland, pouco depois de roubarem sua bicicleta. Apesar de que, aos desavisados, parecia um regresso, algo dentro dele lhe dizia que não era, era uma cidade nova. Evidência disso é que ele optou (ao ser perguntado por sua mãe) por uma nova escola, e não por aquela em que o Felipão estudara.
Ele fez novos amigos, mas algo lhe dizia que nos olhos deles não ardia a mesma chama que queimava nos seus: a vontade de entender e o desejo de aventura. Ele se sentia perdido...

Com catorze anos voltei a conviver com os amigos do Felipão, convívio intensificado aos 15. São esses meus amigos que sempre compartilharam minha vontade de sonhar, e meu desejo de aventura. Foi desse convívio que nasceu Wild Ace, que no começo ainda tinha um pouco do Felipe, mas isso foi se perdendo. Ele foi apelidado de Frango por seus amigos. Mas a chama que nele brilhava logo fez com que muitos o chamassem de Frangão. Ele ganhou uma nova bicicleta. Um cachorro muito inteligente, chamado Sammy. Viveu novas aventuras. Novos sonhos. E ele correu atrás deles!!!
Seus sonhos o inscreveram na FUVEST, e o trouxeram para São Paulo. Assim que chegou, ele sabia que não seria mais o mesmo.

Agora já no território da Dexlândia, tornou-se, com a indenpendência dela, Felipe Dex. E este não tem mais medos, talvez dúvidas sobre o futuro. O desejo de aventura arde em seus olhos numa intensidade nunca vista antes, por nenhuma das personalidades. Ele é livre.
Não tem medo de dizer sim ao que quer, nem não ao que não quer. Ele é o primeiro que percebe quantos Felipes já existiram, e que ele não é nenhum dos antigos.
Chamei minha própria vida de Friday Night Adventures. Sou mais apaixonado pela vida, mais brincalhão, mais seguro.

Tenho a certeza de que sou imortal. Consigo conquistar mentes e corações. Nas horas vagas, comando a poderosa nação da Dexlândia. (O título de poderosa foi atribuído por um grande amigo meu!).

Felipe Dex: e ainda carrego um pouco de cada um dos meus velhos "eus" comigo. Foi o Wild Ace que aprendeu a programar e deixou as costeletas crescerem. Era o Felipe que tinha a paixão pela velocidade e a bicicleta. E Felipão era quem inventava super-heróis, estações espaciais e guerras fantásticas.
Este texto foi originalmente escrito no dia 10/abr/06, às 2:34 da manhã, em um caderno vermelho. E publicado hoje!

sexta-feira, março 14, 2008

Mais um novo layout

De tempos em tempos é bom mudar! E depois que descobri que o blogger nem suportava mais direito meu template (acredite, um dos maiores POGs que eu já fiz na vida...) eu resolvi me adaptar a um novo mundo.

Agora é tudo redondinho, moderninho e metro-sexual (argh!)!!!! Eu conservei um pedaço da tosquera (aqueles títulos zuados que eu fiz no paint - é um dia eu aprendo a mexer no photoshop...), pra colocar aquela personalidade, no melhor clima de "tô feio, mas tô quentinho".

Deve ser a quinta mudança de layout desse blog... como diria Barão Vermelho: "ô idade dá um tempo". Lembro os desavisados que eu escrevo essa joça desde 2002!

Felipe Dex: Vou ficar com saudade de ter 3 colunas (corpo no centro e mais uma de cada lado). Aparentemente eu sou a única pessoa que teve essa idéia e não achou ridícula!

Jogue o Bush do Trem!

Há algum tempo atrás li alguém (no caso o Scott Adams), por ocasião de a popularidade do presidente Bush estar muito baixa, brincar com o que ocorre quando esse indicador vai a zero: você ainda pode confiar no cafezinho da Casa Branca? Brincadeiras à parte, em um espaço de um mês, dois filmes foram lançados com o mesmo tema: o assassinato do presidente dos EUA.

O primeiro (que eu já assisti e recomendo) é mais cauteloso no título em inglês (Death of a President) e bem menos politicamente correto no em português (A Morte de George W. Bush)! O filme é genial, feito como se fosse um documentário real, feito algum tempo depois do assassinato do Bushinho... Ele mostra com grande genialidade um "processo de gestão" onde se procura os culpados e se pune os inocentes (bodes expiatórios, no caso...).

O segundo (Ponto de Vista) eu não vi, mas pelo que li (5 min atrás no site do UOL) começa a história com um cover-ass tão gigante que nem dá vontade de ver: o presidente se chama Ashton, mas é morto fazendo um discurso pela Guerra ao Terrorismo. Ou usa a p*&@(! da história real ou não usa.... fazer indiretas diretas é uma das coisas mais ridículas de quem se tem notícia!

Fiz esse gigante comentário sobre filmes só para concluir isso: você sabe que não gostam de você quando começam a fazer muitas perguntas sobre como serão as coisas quando você se for!

Felipe Dex: o pior desses filmes é que eles inviabilizam as tentativas de assassinato! Eliminam possibilidades da lista! Droga!