domingo, setembro 25, 2005

Uma grande dúvida...

Eu assisti Clube da Luta semana passada (2x), e a música que toca no finalzinho é muito incrível. Eu fiquei esperando pra ver nos créditos o nome, e se chama Where is my Mind?. Só há um grande problema: de quem é a música???

Ela pode ser do Pixies ou do Placebo. Eu procurei no google... e aparece como as duas coisas... ou o mundo está ficando maluco, ou Pixies e Placebo são uma banda só!!! hahaha

Felipe Dex: Se alguém souber de quem é, por favor avise... estou muito confuso!!! hahaha

Matrix e Propósito

O pensamento em propósito me trouxe o filme Matrix à mente (na verdade a Trilogia, não o filme...). Na verdade, é a única coisa da história toda que não gosto muito...

No terceiro filme, que é quando as coisas sobre o mundo das máquinas ficam mais claras, fala-se da importância do propósito. Na verdade, o Agente Smith já falava disso no final do segundo ("You left me without pourpose, Mr. Andersen")

Os autores da história parecem acreditar nessa de que tudo tem que ter um propósito, mas eles mesmo (conscientemente ou não) falam que isso é uma lógica de máquina. Inacreditável...

Felipe Dex: ainda acreditando que vidas não devem ter um propósito... e sim... eu acordei cedo hoje.... hahaha

Propósito...

Esse post vem um pouco tarde... ele é sobre algo que nunca me preocupou... mas que domingo passado me assustou de repente...

Eram umas 2 da manhã já... e eu me perguntava (pensando no trabalho... mesmo que não fosse o que eu estou atualmente...) por que eu fazia tudo aquilo. O esforço... a dedicação.... por que? Eu não conseguia dormir...

Já vi várias pessoas sofrerem com esse problema... o resultado é sempre uma angústia incurável... nenhum argumento que outros encontrem vale alguma coisa. É claro, outras pessoas não podem dar sentido à sua vida...

O mais engraçado é que eu sempre tive paixão pela vida... foi o final da faculdade que me jogou de frente com uma nova realidade: não há mais uma seqüência lógica na vida, pode-se fazer qualquer coisa. Eu poderia jogar tudo para o alto, vender meus móveis, juntar com a grana que eu tenho guardada e fugir para a Europa (ainda passa pela minha cabeça... hahaha)!

Bom... eu peguei uma cadeira de sol (fica guardada num canto hoje... mas remonta a uma época em que a mobília da minha sala eram 2 cadeiras de sol e 4 banquinhos), levei até a sacada, peguei um cobertor (pra quem não se lembra, domingo passado tava uma chuvinha fraca, um ventinho frio...) e me deitei na sacada...

Eu sempre gostei de uma brisa fria e um barulho de chuva. Fiquei por um tempo olhando para o céu, para as árvores que ficam aqui por perto... ouvi a chuva... tentei analisar as coisas friamente e, não que tenha pensado em me matar, mas por motivos retóricos imaginei qual era a diferença de estar, ali, deitado na sacada, ou morto no chão lá embaixo.

Sei que é uma análise meio mórbida, ainda mais para um ateu. Mas eu tinha que entender a diferença, não para os outros (sempre vai ter alguém que sentirá sua falta), mas para mim mesmo. A diferença era, pois, o próprio sentido de se estar vivo.

Instantaneamente a resposta veio: se eu estiver estatelado no chão lá embaixo não poderia estar aqui, ouvindo a chuva, deitado no friozinho debaixo do cobertor. É incrível quanto tempo se pode perder para chegar numa resposta aparentemente tão óbvia. E numa resposta em que eu sempre acreditei: a vida não tem propósito, a não ser aquele que você atribui.

Mas fortaleceu a visão exata do que me faz lutar dia a dia para manter-me vivo. E espero nunca mais perder essa visão. Sinto-me mais vivo que nunca...

Felipe Dex: cuidado! Existem pessoas que encontram um proprósito na vida... isso é muito perigoso: o fim do propósito pode ser o fim da sua vida!!!

segunda-feira, setembro 12, 2005

Mais um dogma cai por terra

São quase 2 e 10 da manhã... estou ciente disso. Mas, estou, pela primeira vez ciente de mais uma coisa: os mercados de capital não são eficientes. Reunindo argumentos de diversos autores, eu consegui as provas definitivas de que Jensen e Sharpe estavam errados!!! Uhuuuuu
Basicamente:
"1 – os investidores individualmente não são racionais, e não há evidências de que “em média” o sejam;

2 – ao contrário do que prevê a teoria básica da eficiência de mercado, a informação possui um custo para ser adquirida e analisada, o que impede que, mesmo pública, ela seja acessada e interpretada por todos os investidores da mesma forma, mesmo se todos fossem racionais.

Temos portanto um mercado de capitais claramente ineficiente, passível de ser arbitrado e não totalmente susceptível às teorias clássicas, ou seja, é possível obter retornos ajustados ao risco superiores aos de mercado, desde que se possua capacidade superior de obtenção e análise de informação pertinente."

É preciso aspas para citar a si mesmo??? ahahha

Felipe Dex: Ateu e não crente da eficiência dos mercados... o que vem a seguir???

domingo, setembro 11, 2005

Os Traders se Divertem

Acho que ainda não comente por aqui, mas meu trabalho de conclusão de curso, a ser entregue no final de novembro está em vibrante confecção (com um 8,5 na primeira metade).

Como todo trabalho acadêmico, seu conteúdo somente é válido para um seleto número de loucos que, por razões quaisquer, decidiu estudar tal específico tema (o texto está rebuscado pois estou empolgado digitando formalmente, peço desculpas). O meu é sobre Viabilidade de Hedge Funds. Basicamente, ele questiona se é possível que um gestor de recursos específico supere, consistentemente, o resto do mercado.

Para aqueles que tiveram aulas de finanças, é fácil lembrar que isso vai de exato encontro à teoria de eficiência de mercados, onde toda a informação disponível está no preço dos ativos.

Muito bem, para que meu trabalho apresente conclusões positivas (ah... o viés do mundo acadêmico... todos queremos ganhar!!!), tenho que "provar" que o mercado não é eficiente (é uma pequena, porém importante, parte do trabalho. Muitos devem estar se perguntando onde quero chegar com esse post. A resposta é "ao folclore"!

Este é um assunto muito discutido. Logo, surgem muitas teorias a seu respeito. É justo que algumas, façam ou não sentido, sejam engraçadas!!!

Por exemplo: behavioristas atribuem as boas condições (valorização e tal) do mercado de ações na década de 90 ao surgimento do Prozac!!! Hahahahahha. Imagina os caras comprando ações sem nunca ficarem infelizes (ou felizes... mas o que importa?)!!!

O outro acontecimento folclórico: cheguei em um ponto em que eu precisava dizer que algumas coisas são fruto de profecias auto-realizáveis (se todos dizem que a bolsa estará em 30.000 no final do ano, ela estará, pois enquanto ela estiver abaixo, todos estarão comprando!!!).

Tem um site de busca acadêmica, chamado Proquest, onde eu loucamente procuro artigos para fundamentar meus pressupostos. Bom, para meu problema acima eu procurei, sem pensar: "Influence of predictions in market behavior". Eu admito que não tinha esperanças. É uma frase muito jogada, mas eu não sabia o que procurar. Obtive 94 resultados (para esse site, é bastante coisa...).

Muitos chamariam isso de gbarrismo (obra de deus), o que não passa de uma blasfêmia contra os poderes do Acaso. Na verdade, é a maravilha do Inconsciente Coletivo.

Eu até me emociono!

Felipe Dex: working hard, just to prove a bunch of guys are wrong!!!

Novos Canais de Divulgação

Graças às maravilhas do ganho de escala e da comunicação de massa, agora meu blog, assim como muitos outros, é transmitido, através de uma antena, para o espaço sideral. É uma iniciativa incrível e que, de certa forma, torna milhares de pessoas imortais!!!

Hey, senhor rádio-arqueólogo de algum planeta, em um futuro muito distante daqui (pois minha mensagem é limitada pela velocidade da luz), ouça minha voz. Saiba que, pela projeção que posso fazer, se esta sociedade não estiver aqui quando você visitar este planeta, ela foi destruída pela cobiça e pela ganância. Pela sede de dominação de uns sobre os outros.

Mas nem todos éramos assim. Nosso modelo econômico, que chamamos, carinhosamente, de Capitalismo, nos proporcionou conquista inacréditaveis: em poucos séculos transformamos canoas em navios, navios em aviões e aviões em naves espaciais.

Mas pagamos um preço alto. Muitos de nossos irmãos humanos vivem em condições indignas, excluídos de nossa sociedade e de todo o desenvolvimento que alcançamos. Existem programas, pequenos, no entanto, para humanizar essas pessoas. Se eles tiverem sucesso, talvez minha profecia (deste post) não se concretize, que, na verdade, é o que eu espero!

Felipe Dex: imortalizado em zeros e uns, deixando um eco pela eternidade!

Feita por Perfumistas

Há uma propaganda passando na TV ultimamente, não sei se é do Boticário ou da Avon, enfim, de uma grande empresa de cosméticos!

O Conceito em si é razoável, nada de mais, mas também não é ruim. Mas não é isso que quero discutir.

No meio da propaganda a narradora diz: "Sua fragrância, feita por perfumistas..."

Muito bem... QUAL É????

Imagina se ao passarmos por uma ponte déssemos de cara com uma placa "Esta ponte foi projetada por engenheiros", ou ainda, um remédio que ostentasse "Elaborado por Químicos"???

É tudo muito absurdo!!!

Felipe Dex: Morte à falta de criatividade!!!

Free Running

Este é o nome de um dos mais novos esportes radicais, surgido na Inglaterra. É simplesmente incrível: nada de equipamentos complexos, apenas você e seu corpo desafiando os obstáculos da cidade.

Incríveis pessoas pulando de telhado em telhado, escalando paredes, equilibrando-se em beiradas de todos os tipos, com nada além de suas mãos e pés.

São apenas pessoas, lutando contra o mundo. Desafiando aqueles que o desenharam. Mostrando novos usos para o universo. Simplesmente animal!!!

Felipe Dex: isso sim é esporte!!!!

quinta-feira, setembro 08, 2005

Nova Orleans e a confiança básica no mundo

Não costumo colocar textos de outras pessoas, mas achei esse muito interessante. Estava na folha de hoje, e pode ser acessado em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0809200532.htm  .
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Duas ou três vezes por ano, o prédio onde moro fica sem energia por um tempo. Apesar desses cortes, previstos ou imprevistos, não vivo num suspense energético: sigo esticando o dedo para chamar o elevador, convencido de que, lá em cima, alguém me ama. Sem isso, como aceitaria viver no décimo primeiro andar?
Karl Jaspers, o filósofo alemão, dizia que a ciência pede ao usuário uma espécie de fé. De fato, podemos não saber como funcionam o telefone, a televisão, o cabo, mas acreditamos no seu funcionamento.
Para os psicanalistas, essa fé na ciência e na técnica é parte de uma disposição mais geral: a "confiança básica no mundo". Ela acompanha cada sujeito que viu a luz num ambiente que o acolheu com carinho e simpatia. Suponhamos: ninguém nos chutou quando estávamos no desamparo da primeira infância; quando chorávamos, alguém comparecia (mesmo que fosse para nos enfiar uma chupeta na boca quando, na verdade, precisávamos que trocassem a fralda). Em regra, os que tivemos essa sorte (a grande maioria dos humanos) continuamos pensando durante a vida toda que os outros e o mundo nos querem bem.
Conseqüência: podemos viver na Califórnia, embora esteja certo que a região será devastada por um terremoto; podemos viver numa cidade como Nova Orleans, abaixo do nível do mar, protegida apenas por diques antiquados; podemos viver em andares altos, fora do alcance de qualquer escada de bombeiros.
A confiança básica no mundo é também um alicerce da ordem social, pois ela vale como um lembrete permanente que diz: há alguém que cuida, alguém que se importa. Nos termos de nossa infância: os adultos voltarão para nos dar comida e ainda para verificar se a gente se comporta direito.
Não há pesquisas que meçam o número de interrupções da energia elétrica que é necessário para que eu pare de confiar na Eletropaulo. Em compensação, existe a teoria das janelas quebradas, que, nos anos 90, revolucionou nossas idéias em matéria de manutenção da ordem social (George Kelling e Catherine Coles, "Fixing Broken Windows", arrumando janelas quebradas). Experiência básica em psicologia social: se abandono um carro num bairro de classe media, ele será depenado só depois de oito semanas. Se, antes de abandoná-lo, aplico algumas boas marteladas nos faróis e na lataria, ele será depenado em três dias. Outra: num metrô coberto de grafite a criminalidade é muito mais alta do que no mesmo metrô se ele for lavado e limpado a cada noite.
Por quê? Os faróis quebrados e os grafites assinalam que ninguém se importa. E, se ninguém se importa, tudo é permitido. Será que isso basta para entender as rondas armadas de malfeitores e vigilantes em Nova Orleans?
O prefeito da cidade tentou explicar a onda de saques por indivíduos e gangues lembrando que, além dos serviços básicos, também parou de funcionar o comércio de droga, o que teria deixado alguns sujeitos bem "nervosos". É verdade: faz parte da confiança básica acreditar que o traficante da esquina estará lá de novo amanhã. Mas, para explicar o acontecido, não é preciso recorrer à falta de droga (ou de nicotina).
Em Nova Orleans, a ruína da confiança básica foi brutal: o telefone emudeceu, a força acabou, o celular perdeu o sinal, e ninguém respondia aos gritos de ajuda.
Ora, para alguns, abriu-se assim um tempo de desespero. Para outros, a constatação de que "ninguém se importa" foi sedutora e esperada. Nada de estranho nisso: afinal, saquear lojas de armas e circular pelas ruas à procura de comida, de água, de gasolina e de outros humanos que possam ser aterrorizados é o roteiro de numerosas narrativas populares.
Pense nos filmes da tríade de Mad Max, em "O Mensageiro" e "O Segredo das Águas", em "Fuga de Los Angeles" ou "Fuga de Nova York", ou no romance "The Stand" ("A Dança da Morte"), de Stephen King. Pense em videogames como "Duke Nukem" ou "Doom".
Não conheço um adolescente que, em alguma vez, não tenha sonhado com a destruição do mundo (o mundo em que confiamos) e com a aventura de um recomeço radical.
A primeira tarefa é sempre a de armar-se, porque, num universo zerado, não vale o prestígio dos anos ou da experiência, do saber ou do dinheiro: a autoridade é justamente reduzida à sua expressão mais simples e mais facilmente contestável, que é a força.
Qual é o charme desse momento do lobo?
Acontece que o amor que nos acolhe no mundo, instituindo nossa confiança em "alguém que cuida", torna-nos devedores ou, no mínimo, reféns de um passado que é a história dos outros que já estavam lá e nos receberam. Por isso a catástrofe que acaba com nossa confiança no mundo é a última fronteira da autonomia: se não há mais alguém que cuida, ninguém nos antecede, ninguém está acima da gente: somos livres como só pode ser livre quem não tem história.
É a versão extrema do mito, moderno e banal, do "self-made man", o homem que não precisa de ninguém.
Aposto que, nas ruas de Nova Orleans, há alguns desapontados com a volta gradual a um mundo "confiável".

Contardo Calligaris
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O texto é bom porque fala sobre algo que venho tentando colocar no papel há algum tempo. O que acontece quando se sente que o controle total de sua vida é seu? Vivo exatamente essa sensação ultimamente, o que me coloca em momentos de extrema alegria ou de grande desespero. Ainda estou tentando entender e me acostumar com a sensação...

Felipe Dex: é quando se é ateu que se descobre porque as pessoas acreditam em Deus.

domingo, setembro 04, 2005

Por que defender o sistema?

Hoje entrei, distraidamente, num lugar onde nunca havia estado. Uma comunidade de policiais. Conectada a uma de delegados e outra de grupos de operações especiais da polícia.

Antes de sequer começar a escrever, gostaria de deixar claro que, como todos os outros posts desse blog, não tenho a intenção de ofender, agredir ou atacar a imagem de pessoa alguma. Minha única proposta é discutir, fazer as pessoas (os poucos leitores que tenho) pensarem a respeito, enxergarem seus pressuspostos e, quem sabe, alterar o mundo no tempo devido...

Eu senti nessas comunidades um clima pesado. Uma grande hostilidade, agressividade no ar. Um desejo de vingança aliado à crença em um deus e na salvação. Talvez sejam frutos da brutalidade de seu dia a dia. Pra citar um filme... 8mm: "You dance with the devil, the devil doesn't change. You change." É uma pena que esses homens e mulheres tenham que sacrificar suas vidas e, muitas vezes, sua sanidades para manter o Sistema coeso.

Sistema está com letra maiúscula porque não é um sistema qualquer, é o Sistema em que vivemos. O Sistema que dita a existência de um deus único, a preponderância da razão e a necessidade da paz armada, sem esquecer é claro, do mercado de capitais e, por que não, da globalização.

E o Sistema, como todo sistema, é falho. É falho porque é composto de e criado por seres humanos, também falhos. Para ser protegido dele mesmo, o sistema criou uma grande e importante estrutura: o Sistema Judiciário, associado com as forças policiais. Dessa forma, aqueles que, cegados pela ganância neles incutida pelo próprio Sistema, roubam e matam podem ser punidos e alijados do Sistema (prega-se que eles devem ser reeducados e reinseridos na sociedade, eu concordo com essa visão, mas não é o que acontece na prática).

Muito bem. Parece tudo certo. Correto? Errado!

Esse mesmo Sistema tende a, com o passar do tempo, bombear a riqueza de baixo para cima, concentrando-a cada vez mais nas mãos dos que já eram ricos. Isso incita um outro tipo de crime, o que não é motivado pela ganância, mas sim pela fome, pela falta, pela solidão e pelo abandono.

O resultado, como se pode imaginar, é o aumento da criminalidade. E o aumento do efetivo policial, a melhoria de suas técnicas e armas. Estranhamente, o Sistema defende, apóia e incentiva tal concentração de riqueza, que sempre vem junto com o aumento da criminalidade.

E agora? Agora todos sofrem com a criminalidade que ajudaram a criar. E se reclama de uma força policial dita incapaz por aqueles que se dizem vítimas da criminalidade, e dita violenta por aqueles que estão mais próximos dela, e que perderam amigos para o tráfico e para o crime.

Não prego por um regime socialista. Prego por investimentos no desenvolvimento igualitário do povo. Prego por escolas públicas de qualidade. Desde a base, não em soluções imediatistas como as cotas nas universidades. Prego por uma sociedade onde um prato de comida não seja sonho de consumo. Prego por uma sociedade onde a força policial não é opressora, e sim guardiã. Onde textos ditos revolucionários não sejam censurados. Onde pessoas não durmam nas ruas.

Se pelo menos a dita direita, a dita elite, entendesse porque 60% dessa país votou no PT, votou em Lula. O povo perdeu as esperanças na direita, e acreditou em Lula. E o escândalo recente de corrupção só fez com que perdessem a esperança outra vez. E é tão pouco que querem....

Talvez isso seja difícil de ver quando se está com o som alto e o ar-condicionado ligado.

Marx havia previsto tudo isso, a crecente concentração da riqueza e o conseqüente aumento da exclusão social. Segundo ele, é uma fase pré-revolucionária, e a queda do sistema capitalista estaria por vir (agora que estamos aqui).

George Orwell também.. em 1984. Mas a visão de futuro deste é um novo Sistema, concebido para ser estável no poder para sempre. Por vezes sinto que é neste hipotético 1984 que vivemos. Um futuro negro aguarda um mundo injusto.

Felipe Dex: no mundo fictício de 1984 só existem 4 ministérios: o do Amor, o da Defesa, o da Fartura e o da Verdade. E se prega que Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão. Ignorância é força.